Em breve, o governo federal deve divulgar o decreto que renova a concessão de distribuidoras de energia por mais 30 anos. A Celesc, de Santa Catarina, está nesse grupo cujas concessões vencem em 7 de julho. Apesar de o consumidor estar pagando uma conta de luz caríssima em função da falta de chuvas, a companhia está mais saudável, porque nos últimos anos, adotou uma série de medidas para ficar mais próxima da empresa referência da Aneel.
Essas mudanças se intensificaram em 2012, quando os acionistas aprovaram um novo estatuto social para melhorar a governança corporativa da empresa, definia a adoção de um plano diretor e mais medidas. O plano diretor é o Celesc 2030, em execução. E no ano passado foi adotado o plano de eficácia operacional. As mudanças na governança foram muito cobradas pelos acionistas minoritários por meio dos seus conselheiros. Um deles foi o administrador Daniel Arruda, que representava os acionistas preferencialistas. Essas melhorias foram boas para todos. Para os empregados, uma empresa mais saudável é mais forte do ponto de vista financeiro.
Catarinenses consumiram 1,5% menos energia elétrica no primeiro trimestre de 2015 que no ano passado
O consumidor ganha de dois jeitos, a companhia com melhor performance tem mais capacidade para melhorar serviços e, a cada quatro anos, a Aneel repassa um pouco da eficiência com alta menor na conta de luz. O Estado ganha porque tem uma empresa mais robusta que paga mais dividendos; e os acionistas minoritários se beneficam porque a empresa vai pagar dividendos maiores explica Arruda.
Em palestra na Celesc, o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Leite, afirmou que o alto custo de energia aumenta a inadimplência, mas as companhias devem trabalhar para minimizar isso. Se faturam menos, terão menor cifra para pagar suas despesas e ter lucro. É que elas têm somente 14% da receita para tudo isso.
Blog Estela Benetti, em 27/02/15