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Histórico SINTRESC
Fundado em 31 de dezembro de 1967 como Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria da Energia Termoelétrica de Tubarão, foi reconhecido pelo Ministério do Trabalho, em 18 de março de 1968, passando a Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Termoelétrica de Tubarão - SINTRINETE. Em 28 de março de 1992, através da alteração estatutária, a razão social foi modificada para Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica do Sul do Estado de Santa Catarina, mantendo-se ainda o nome fantasia SINTRINETE, que foi alterado para SINTRESC em 30 de junho de 1992, através de concurso promovido entre associados.
O Sindicato representa, atualmente, aproximadamente 2.000 eletricitários, além dos aposentados, distribuídos entre duas empresas estatais (ELETROSUL e CELESC), duas empresas de Força e Luz e Cooperativas de Eletrificação Rural.
O SINTRESC filiou-se a Central Única dos Trabalhadores - CUT em dezembro de 1993, sendo que o processo de filiação deu-se através de consulta plebiscitária junto à categoria. Também é filiado a FNU.
A grande dificuldade foi enfrentar os empregadores, pois corriam o risco de perder seus empregos, já que lutavam por melhores condições de trabalho.
Antes de se ter sede própria, o local era alugado, e era próximo da Associação dos Aposentados, onde se localiza atualmente. Mais tarde, próximo da CASAN (mais conhecido como Babalu), usavam locais para reuniões e assembleias como ASELC e Recreio (hoje Fórum). Por fim, foi comprado o lote onde se situa a sede nos dias de hoje.
A primeira mulher a filiar-se foi Ana Maria Tancredo e, também, a primeira e única a ser Presidenta até os dias atuais. Trabalhou na função de auxiliar de escritório na empresa Eletrosul, em 05/03/1974 entrou para o sindicato. O primeiro homem a se filiar foi José Pedro Martins, no dia 31/12/1967, que trabalhou na função de servente na empresa Eletrosul. Erico Knabben, admitido na Sotelca no dia 01 de dezembro de 1957, exercendo a função de Of. Administrativo, com o salário mensal de NCR$ 644,43, foi o responsável pela abertura da Associação, antes de ser Sindicato. Inclusive a transição de Associação para órgão Sindical, se deu através da ajuda de um Ministro da época. Aristides Oliveira de Freitas era empregado da Eletrosul e trabalhava na função de mestre, foi o primeiro presidente do sindicato, entrou para o sindicato no dia 31 de dezembro de 1967, era responsável pela ASES, que a principio era no pátio da Eletrosul.
Segundo Daniel Kniess, na Empresa Eletrosul, função operador, que entrou para o sindicato no dia 31 de dezembro de 1967, e que ocupou o cargo de Diretor Secretário em três mandatos, não chegou a ser demitido ninguém por conta do nosso sindicato, mas passaram maus momentos por conta da Ditadura Militar.
Nos anos 80, fizeram uma greve que durou mais ou menos 45 dias. Se mobilizaram porque todas as empresas do setor elétrico ganharam o direito da URV, só que a Eletrosul não quis liberar para os empregados, até que um ministro de Brasília veio e apartou o caso. Até chegaram a ganhar uma Combi do mesmo, ou seja, do Ministério do Trabalho. Nesta mesma época, fizeram uma passeata a pé daqui à Florianópolis que durou 3 dias.
Desde o início possuíam o boletim Ponto por Ponto, e não podiam publicar nada que fosse contra o governo, etc. Nesse período, eram liberados somente o diretor Presidente, o diretor Secretário e o diretor Tesoureiro. Até havia outros, mas não eram liberados. Quanto aos salários, quando estavam fora da empresa permanecia somente o base, benefícios como periculosidade eram cessados. O sindicato era subordinado da Federação dos Urbanitários do RJ, a CUT, mas era através do Diap (DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ASSESSORlA PARLAMENTAR) que conseguiam fazer a mediação entre Parlamento e Sindicato.
Qualquer pessoa que queira escrever a história da energia e do Estado de Santa Catarina precisará levar em consideração a vitória da sociedade contra a escuridão e a inércia tecnológica.